Sunday, June 29, 2008

mais 15

;quando cheguei jung disse-me que a natureza geometriza; sibilei; como comida ao lume já desabrochavas em ordinários derrames de escantilhada sanha; um dos olhos já devia ter cegado; tentaste abrir as minhas costuras e algum vaso deve ter rebentado; que javardice de cor e som; os gemidos nem se sentiam dada a envolvência surround da discografia de merzbow em loop; comecei a dar-te esperança; beijei-te; o meu mogno começou rapidamente a erguer-se; sabia o que ia fazer; disse que te iria libertar; que estava arrependido; que às vezes faço coisinhas feias sem pensar; que era outro eu; que irias ficar boa e tudo não ia passar de um mau bocado; mas que bocadão; tudo tangas claro só para fazer arrastar o inimputável do momento e todas as seguintes cercanias da memória; curvavas-te na enrugada doçura transbordante do desespero capaz de tudo para continuar a propagar a miséria e o gozo mesquinho que sempre te cobriu o corpo e a mente como uma touca de baquelite; desde a nascença; quando se deu o erro; acho que isto foi escrito originalmente perto da zambujeira do mar; ela era do norte; aquela banha gordurosa das minhotas; apesar de ser daquelas pitinhas que cumpriu com a curta-vista caótica do berço no festival sudoeste; comprando salsichas por quinhentos paus e recarregando os três telemóveis todos os dias durante umas belas horas; vim aqui pela música yeah right; arraiola-me lá isto com alfinetes oh sua puta congestionada; sempre dando alpista a cada canário como uma bicha-panfletária em hora de ponta na ponte vonte cinco de abril formerly knowned as salazar; marcas encontros; não apareces; dás desejo; retiras o prémio à beira do estupro; insultas; amas ser espezinhada; adoras ciumentos; deliras com o machismo; queres que te prendam num cubículo do tarrafal e se aproveitem do teu reboante dom de galdéria; não admites ser apalpada; passas-te dos carretos se te chamam prostituta; és o falso orgulho em pessoa; és a desgraça da honestidade impessoal; vai comungar pela comunhão que bem precisarás; quando estiver quase a acabar contigo nem com licença terás coragem de pedir a uma formiga para continuar a caminhar sem incomodares o seu trilho; nem os sete anões se quererão aproveitar do quase-nada que nunca soubeste oferecer; vai vai; irás morrer porque eu te vou matar; nesta vil temporada tão pusilâmine; bichos da farinha traficando botões de rosa undressed for the ocasion; o altivo e a afectada aprovaram minhas promessas ao desbarato e agora vou fechar a luz; because now it’s over visto que parece que a turtledove deixou escapar a upperhand nas molas do beliche de família; loucura santa; como cavalos de corrida; uhf; i am dying to feel this; apostou a imortalidade no único coito lacerável que perdurará à presença do palhaço de ingmar bergman; i am the damaged one; anton la vey em o hino ao populismo;

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